11.7.13

Viver no Campo



Há uma doce nostalgia nas pequenas coisas da terra.
Há um véu tímido de neblina matinal.
As gotas de orvalho escorrem pelos vidros das janelas. Lá fora cheira a pão cozido e os galos desafiam-se para nos darem os bons dias, qual despertadores.
Ouvem-se os passarinhos, os cães das casas dispersas e algumas galinhas da vizinhança. Gosto desta pacatez... da sensação de desafogo que me proporciona!
Gosto de colher as alfaces que cumpriram o seu dever. É só arrancar...passar por água, temperar com um fio de azeite, vinagre, coentros e acompanhar o jantar.
Ao fim da tarde cheira a lume, podemos ver o fumo a sair de cada chaminé. São as casas que começam a ser aquecidas para enfrentar mais uma noite gelada.
A magnólia já está em flor a salpicar de branco a entrada do alpendre.
Os vizinhos batem à porta para nos oferecerem produtos do fumeiro e da horta e darem permissão para lá irmos sempre que precisarmos.
Não há nada como viver no campo e conviver com a natureza. Comer fruta diretamente da árvore sem receio de químicos, acordar com o silêncio profundo das manhãs de neve, adiar a hora de jantar para assistir a um espectáculo de relâmpagos, sentados no jardim, ou embrulharmo-nos em sacos-camas para numa noite de Inverno ficar a contar estrelas cadentes, apontando constelações num céu limpo e um ar liberto de poluição sonora.





2 comentários:

Noeli da Fonseka disse...

alfazema,

um blog de carinho, reflexão, de vida pulsante...

beijinhos
Noeli

alfazema disse...



beijinhos