26.8.13

Namorar é Preciso

Todos precisam sonhar, viver momentos de encanto e magia, momentos em que se soltam as emoções e se tornam insignificantes as preocupações do dia a dia

Todos ficam, no entanto, rapidamente aprisionados a partir da altura em que a relação se estabiliza e ganha contornos de instituição.
Gostam de namorar, mas casam e pronto lá se vai o namoro.
Cada um por si lamenta que assim seja, mas nenhum dos dois faz nada para modificar o estado das coisas na triste rotina do quotidiano.

Com a chegada do primeiro filho, das noites mal dormidas e da dificuldade em encontrar quem fique com o bebé, o hábito de sair ao sábado, desapareceu e passados 10 anos, três filhos crescidos, uma empregada, os jantares sociais, os sogros, as idas à aldeia……… nunca, nunca mais arranjaram tempo para ir dançar, escrever um poema e nunca mais disseram um ao outro quanto gostam dele.

Vamos lá namorar, passear de mão dada e não esquecer os pequeninos gestos que mantêm acesa a chama.
A rotina do dia a dia não pode prejudicar o namoro e
viver a dois em plena harmonia, já é, por si só, um namoro constante feito de partilha e cumplicidade.

Namorar é também cuidar do outro e ser cuidado por ele. É telefonar para perguntar como estão as coisas por aí. É  ter um colo para chorar.
Somos livres para escolher e ser livre é ter coragem, ser autêntico e permitirmo-nos viver um sentimento maior.l




20.8.13

Portugal deixou por esse mundo fora um honroso património de que é herdeiro, conseguindo perpetuar as suas tradições além-fronteiras e dando-lhe uma visibilidade inigulável


Não podemos deixar de pensar que fomos grandes na escala do mundo de quinhentos; não somos capazes de deixar de nos sentir ameaçados na Península Ibérica onde somos o mais pequeno Estado mas a maior das Nações; não fomos ainda capazes de acreditar que os descobrimentos não aconteceram por sermos rijos e de barba dura mas porque uma élite de portugueses estudou, investigou e soube formar profissionais de marear e de guerrilhar que tornaram as rotas comerciais possíveis e mais seguras.

Não podemos perder a grandiosidade e a complexidade da nossa cultura e temos que defender a nossa língua, o nosso falar, porque só nele poderemos continuar a contar o Portugal que fomos, que somos e que queremos ser. Não podemos esquecer que um povo que não sabe ler, que não sabe contar ou que não sabe pensar está condenado a tornar-se uma relíquia na memória dos historiadores.

País de navegantes onde há duas palavras que são ouro no nosso código genético-cultural: Saudade e Fátima!
Que na bandeira do meu Portugal eu consiga ler com nitidez mais duas palavras douradas: dignidade e esperança.

Continua a valer a pena viver em Portugal com o desafio estimulante de
estar tudo por fazer, ou refazer.