Tidos necessariamente como mais sabedores, os mais velhos representam uma experiência maior e merecida, cultivada com a sabedoria que só a vida lhes pode dar.
Ao envelhecer vai-se sabendo que a vida pode não ser sempre justa mas que vale sempre a pena ser vivida.
Percebemos também que a vida é curta demais para a desperdiçarmos com zangas, ódios, rancores e azedumes e que temos que fazer as pazes com o passado para que ele não atrapalhe o futuro.
Compreendemos também que não temos de ganhar sempre e que o consenso é muito mais frutífero que a rutura.
Envelhecer é perceber que tudo pode mudar num abrir e fechar de olhos, mas também sabemos que tudo o que não nos mata nos torna realmente mais fortes.
“A cada dia que passa mais me convenço que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos ao sofrimento perdemos também a felicidade” Drumond de Andrade.
Ou, como diria o meu amigo Pedro Barroso, no fundo, bem no fundo - velha é a terra, a história, a humanidade - .
Uma coisa é certa, no dia em que me sentir triste por não conseguir acompanhar o ritmo da música, farei com que a música siga o compasso dos meus passos. Afinal, é só mais uma fase da vida e eu quero ter a certeza de que a minha valeu a pena e que fiz e faço o melhor que posso.
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