16.9.08

Palavras


Golpes
De machado na madeira,
E os ecos!

Ecos que partem
A galope.

A seiva
Jorra como pranto,
como Água lutando
Para repor seu espelho
Sobre a rocha
Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.

Anos depois, na estrada,
Encontro
Essas palavras secas e sem rédeas,

Bater de cascos incansável.
Enquanto do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.

Sílvia Plath

(tradução de Ana Cristina César)

Sem comentários: