O dia prolonga-se na ausência da noite e as árvores escondem-se na brancura da neve.
A lua espreita os caminhos arredios e encontra lágrimas de granizo no rosto da manhã gelada.
Tento esquecer-me do frio. O branco torna-se obsessivo. Que branco?
Penso nas flores puras e sensuais e sinto no regaço a carícia das pétalas da magnólia.
Plantámo-la antes de contruir a casa. Tudo seria concebido a partir da árvore. A magnólia ficaria ali, sempre. E todos os Marços ela lá está de branco vestida, florida antes que as folhas cheguem.
Perfuma o espaço todo em redor e faz-me meditar enquanto observo o seu branco mate, branco pérola, branco paz, branco magnólia.
1 comentário:
Eu acho, Mila, que, decididamente, a magnólia já é a rainha das flores.
Dou-lhe uma, daqui, do Mondego...
Beijo
P
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