5.4.13

O Tempo está a contar



O futuro de Portugal não se pode decidir apenas pelo que se está a fazer –
ou a desfazer –, hoje, no país. Mas muito mais pelo que foi feito ontem tal como pelo que se espera possa ser feito amanhã.

Olho o passado sem nostalgia nem complexos. Olho o passado com o rigor e a paixão de quem passa pelo presente com a firmeza de estar sempre a meio caminho entre o que foi e o que será.

Ouço dizer que a tradição já não é o que era, mas sou tradição – uma tradição combinada com a juventude que desperta em força e potencialidades. Uma juventude que aguarda que lhes entreguem os manuais para o novo tempo. E o tempo está a contar… porque a cada dia já é tarde demais.

Portugal deixou para trás, no seu trajecto milenar obras  de que nos orgulhamos.

Na perspectiva de que a Cultura é o voo mais sereno e infinito dos homens, podemos dizer que Portugal se despiu de fantasmas, furou paredes de mármore e que cada um de nós saltou fronteiras e foi embaixador do seu berço amado.

Vamo-nos abstrair dos governos, das crises, dos erros e das falências, dos impostos e de tudo o que nos provoca uma imensa desconfiança no futuro.

Vamos  apostar  num futuro cheio de  esperança, com gente nova capaz de reinventar o novo mundo e que nos faça voltar a encher de orgulho e entusiasmo, porque quem pode fazer mais por nós, somos nós mesmos.

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